Mas o que era essa menina afinal? Talvez pudéssemos dizer que era doce. Com suas mãos bonitas, finas, macias. Talvez seus olhos claros refletindo todo e qualquer sentimento. Talvez fosse a boca que dizia tudo, um nariz pequeno, sobrancelhas grossas, os cabelos ondulados, mas seus óculos sisudos lhe davam um ar de seriedade, lhe acometiam à intensa atividade intelectual. As unhas vermelhas um tom meio fatal com que ela conseguia seus homens. O sorriso era bonito, as lágrimas manifestação da sua alma. Talvez fosse mesmo uma mulher, talvez não completamente mas o bastante para sofrer... de amor e submissão alternativa. Talvez precisasse mesmo entrar no mundo como se fosse ela mesma, talvez ela ainda não exista por força de intervenções externas. Talvez precisasse fazer ioga, talvez meditação, talvez.
2002
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
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Um comentário:
Cara Isabela,
Ler seu texto é refletir sobre a verdadeira arte da palavra, de observar a técnica de usar as palavras com criatividade e originalidade.
Beijos,
Tia Zezé
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