sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Eminentemente novo

Tem coisas que não têm o menor sentido. Eu sinto. Sinto muito.
Não gosto de pressões, prazos para fazer coisas que só obedecem uma ordem lógica de subserviência, enganação. Atrapalha meu ócio. Faz tremer os meus ossos.
A vida burguesa tem suas compensações. Porém, para vivê-la sem estar doente, é preciso mentir. Eu não gosto de mentir. Ultimamente não tenho conversado comigo e sinto que estou escondendo coisas de mim mesma. E isso afeta tudo. Eu olho no espelho e pergunto: por quê? O que há de errado?
Eu olho pras coisas ao meu redor, essas que vivo transportando de um lugar pro outro e eu não tenho as coisas, elas me têm. Eu quero quebrar tudo. Eu estou disposta a passar fome. Eu não quero mais ser obrigada a fazer coisas que me decrescem.
Mas quando olho a porta de saída, eu sento e contemplo. Meus pensamentos estão dormentes.
Sem lógica, razão ou sensibilidade lá vou eu ficar parada.
Preciso jogar fora.
Jogar toda essa violência anônima. Parar de escutar vozes sem brilho e sem cor.

No horóscopo, palavras bonitas, pseudo-profecias:
“Não desperdice seu dia com objetivos insignificantes, pois as condições são favoráveis a grandes conquistas.
Boa chance de surgir uma oportunidade profissional. O período propicia novas conquistas afetivas, mas também induz a perdoar velhos ressentimentos. Enfim, é hora de resolver os assuntos de amor.”


Não sei de nada.
Pela estrada vou cuspindo em gente que não é a minha. A arte me toma e me estupra. Nada mais servirei para.

08/08/2006

2 comentários:

Unknown disse...

Isa,
De todos os estilos, acho que essa prosa livre é a que te cai melhor! Você é naturalmente instrospecta e consegue fazer com que o leitor transcenda até sua alma! Parabéns!

marie disse...

Cara Isabela,
Seu estilo é a sua maneira própria de escrever, a sua marca, que distingue você, uma escritora especial no seu modo de expressar!
Beijos,
Tia Zezé